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quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Parábola do bambu

Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô o chamou para a varanda e falou:

– Vovô, corre aqui! Como esta figueira, árvore frondosa e imensa, que
precisava de quatro homens para abraçar seu tronco, como ela se quebrou e caiu no vento e na chuva, e este bambu tão fraco continua de pé?

– Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento.
O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.
A primeira verdade: que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a
humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor. (João 15, 5)*

A segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus e na oração.
A terceira verdade: você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasçam outros a seu lado. Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos, pois eles estão trançados um no outro. Uma das grandes forças de quem é fraco é viver em comunidade. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores. As aves voam em bandos, assim conseguem se aproveitar do efeito vácuo deixado pelo pássaro da frente. Além disso, voam sempre cantando, como que incentivando-se mutuamente a não desistirem da meta, mesmo que seja atravessar o oceano em busca de uma lugar quente para se reproduzir.
Precisamos aprender a nos trançarmos nos irmãos, criarmos raízes na oração, nos sacramentos, na garra. Criar raízes é segurar firme; pode vir a enchente que não seremos levados, pois estamos firmes no chão. Você deve estar firme na Palavra, sólido na Palavra, sólido em sua fé.
Não se deixe levar por qualquer sopro de doutrina, por qualquer coisa sem sentido que vem por aí. Você tem a solidez de uma palavra firme que é o Senhor. Tenha a humildade de se curvar, faça uma confissão, peça desculpa aos outros. Cristão deve ser especialista em pedir perdão.
A quarta verdade: que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita-comunidade, o bambu não se permita criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de
subirmos suavemente. (Marcos 8, 35)*

A quinta verdade: é que o bambu é cheio de nós. Como ele é oco, sabe que se crescer sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles. Mas são muito exigentes. Devemos pedir que o Espírito Santo nos ajude a passar pelos problemas, ultrapassá-los, achar-lhes em sentido, descobrir e intensificar a meta. Com o tempo, os problemas superados se tornam nós, firmes, resistentes, difíceis de serem quebrados, como as pessoas que souberam superar seus desafios e limites. (João 16, 33)*; (I Timóteo 6, 10)***
A sexta verdade: é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.


Por fim, a sétima lição  que  ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do alto. Essa deve ser  sua meta.

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